Protocolo em refeições: pedir a conta

As refeições profissionais acontecem com grande regularidade, não devendo o momento de pedir a conta ser desacautelado. A altura acertada surge quando o anfitrião e o convidado consideram que o encontro está finalizado.

Profissionalmente, a responsabilidade do pagamento cabe a quem convidou. De entre as diversas questões que se colocam, há uma imediata: uma senhora é responsável pelo pagamento? A resposta é sim. Na vida profissional, enquanto anfitriã, têm-se exatamente as mesmas tarefas. A razão é simples, uma refeição de negócios tem o objetivo de levar a cabo uma negociação ou uma parceria sendo, por isso, diferente dos encontros de natureza pessoal ou social. A anfitriã pode, caso entenda, pedir previamente a um colaborador que acautele a questão.

Ao pagar deve usar-se da maior discrição. Pode efetuar-se o pedido permanecendo sentado à mesa ou fora dela, embora ao ausentar-se deva demorar-se o menor tempo possível, para não abandonar o convidado. Ao longo da refeição, o relacionamento anfitrião/convidado e empregado de mesa regula-se pela comunicação não-verbal e aqui, o estabelecer contacto visual com este é importante. Por regra, o empregado apresenta a conta a quem a solicita. Se conhece o espaço e é cliente habitual deve programar antecipadamente esta questão, informando-o do respetivo procedimento a adotar, especialmente se for mulher. Existe sempre a tendência de entregar a conta ao elemento do sexo masculino, o que pode gerar embaraço!

Ao receber a conta, confira-a mas com discrição e diligencie do mesmo modo o pagamento. É preferível pagar através de multibanco ou cartão de crédito, a dinheiro. Caso esteja acordado que é partilhada entre todos os comensais – frequente em encontros internos de trabalho ou de natureza pessoal –, a mesma deve ser divida em partes iguais e não “eu não bebi vinho”, “eu não como pão!” ou pior “eu como muito pouco” o que origina desconfortos vários, somas e diminuições pouco práticas e, por vezes, mesquinhas. Há quem defenda que, em época de crise, quando os gestores se conhecem suficientemente bem, é aceitável partilhar a conta.

É frequente deixar-se uma gratificação, porém o convidado não deve perceber o valor, já que este corresponde a cerca de 10% do preço global, ficando assim claro a quantia gasta.

Nos aspetos a evitar incluem-se as somas em voz alta e todo o tipo de comentários, em especial, aqueles alusivos ao valor da refeição. Num encontro de grande formalidade, opte por não reclamar à frente do convidado, pois correrá sérios riscos de não terminar o encontro com sucesso.

 

Susana de Salazar Casanova

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