Há uns anos lembro-me de ler “umas normas” muito engraçadas no elevador da Glória (Lisboa) com quase cem anos. Com adaptações, as indicações de outrora, seriam hoje apropriadas.
É estranho que se assistam a situações desconfortáveis ao usar os mais variados meios de transporte. Há uma crescente preocupação das empresas transportadoras em oferecer um serviço diferenciado e de qualidade. Consecutivamente surge a necessidade de criar regras e impor limites.
As normas iniciam-se no momento de chegada ao local de acesso ao transporte devendo ser facilitada a zona de entrada/saída e a seleção do lugar. Quantos de nós já observámos o desrespeito pelos lugares para grávidas, deficientes ou idosos? Em oposição a este comportamento ceda gentilmente o assento. É uma cortesia um senhor ceder o lugar a uma senhora ou um jovem a um idoso.
O telemóvel é “parte de nós” mas os assuntos não são parte integrante da vida da carruagem ou do autocarro. Evite conversas demoradas ou falar alto como se mais ninguém existisse. Lembre-se que “as paredes têm ouvidos” e nunca sabemos quem está sentado perto e quem essa pessoa conhece. Ao manter uma conversa presencial, faça-o num tom agradável e, ainda, no âmbito do “ruído” dê atenção ao volume de som que sai do seu MP3. Aquela música dos “Rammstein” tão apetecível em dias cinzentos pode não ser aprazível para quem vai a ler um romance!
Em viagens demoradas a questão da alimentação pode ser preocupante: além de abrir ou não o apetite, é de evitar. Nessas deslocações, por exemplo de comboio, opte por uma refeição ligeira, sem cheiro e molhos!
Quantas vezes foi invadido pelo passageiro do lado que insiste em contar-lhe a história da sua vida? Não recebe respostas animadas? Pode não ser só timidez: a pessoa pode não querer conversar. E se dormir não incomode os demais.
Ao comprar um bilhete tem direito a um assento. Por isso, economize-se e não ocupe mais espaço do que aquele que lhe é destinado (bagagem).
Ao chegar ao destino, assegure-se de que além de levar consigo os seus pertences não deixa lixo espalhado. Quem vem a seguir pagou o mesmo valor pelo bilhete.
Susana de Salazar Casanova