A arte de viajar

Viajar é para a maioria das pessoas algo agradável. Realizam-se sonhos, conhecem-se outros lugares, interage-se com diferentes culturas e vê-se algo mais deste gigantesco planeta. Viajar é também, quer em férias ou em trabalho, uma demonstração de conhecimento, de cultura e de respeito pelos demais.

Ao deslocar-se a outros países, ainda que até se fale a mesma língua (Moçambique, por exemplo), entra-se em contacto com costumes muito diferentes. Acatar e tentar compreender os hábitos dos outros povos é um sinal de abertura, de experiência e de saber. É importante estar-se consciente de que cada país, cidade, região tem a sua cultura própria e, não é demais reforçar, não é aceitável ofender, criticar ou emitir opiniões em público que possam ferir susceptibilidades.

Uma das questões que desperta curiosidade na esfera internacional é a do papel da mulher. De férias ou em trabalho é necessário obter-se informação prévia. Há um conjunto de indicações a ter em consideração antes do check in. Quanto menor for a semelhança com a cultura de origem, mais vasta deve ser a informação a obter. Neste ponto, incluem-se aspetos como: sistema político, principais representantes do poder local, moeda, características do povo e hábitos, factos históricos, arte, cultura, religião… A questão da pontualidade e da vivência do tempo, a par como a forma de cumprimentar, são aquilo em que mais facilmente se pode cometer um deslize – saber, por exemplo, que causa embaraço dar um beijo no rosto a um japonês.

No que respeita ao vestuário, não esquecer que ao viajar para um país de religião islâmica, é preciso ter-se atenções especiais: evitar decotes, tops de alças ou ainda usar calções. Atente-se também aos gestos: aparentemente executam-se com naturalidade e estes até podem ser iguais aos do nosso país, mas terem um significado diferente: o gesto de polegar virado para cima que interpretamos como algo positivo ou um pedido de boleia, significa para um grego “vá-se lixar”. Convém ainda não pedir boleia, com este gesto, durante a estada na Grécia.

Manda o bom senso e não só… que em nenhuma circunstância se critiquem factos de que se tenha apercebido acerca do país. Deve-se, em oposição, admirar a história e apreciar as experiências vividas através da visita.

Há princípios de cortesia a ser acautelados em qualquer parte do mundo: amabilidade, linguagem cuidada ou a verbalização das três palavras mágicas.

Susana de Salazar Casanova

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