Cada profissional é responsável pela gestão da sua carreira. Até aqui, nada de novo. O que mudou foram os pressupostos para a conquista de um emprego e respetiva manutenção. Evidentemente que os conceitos de lealdade ou de respeito continuam a ser válidos e importantes, mas já não são suficientes.
Com a instabilidade (a vários níveis) que se sente um pouco por todo o mundo, surgiram os sucessivos despedimentos. Todos já passámos pela experiência, direta ou indireta, de uma situação de desemprego. Uma situação desta natureza exige que os profissionais se reposicionem no mercado de uma forma diferente. É conveniente mudar alguns hábitos, rotinas, atualizar competências, desenvolver novas habilidades, diversificar/solidificar conhecimentos e, também, manter ativa a rede de contactos.
Aos profissionais no ativo é hoje passada uma mensagem de contenção que surge de todos os quadrantes. É preciso destreza para manter o posto de trabalho mas isso nem sempre é uma tarefa fácil. Como se pode conter o descontentamento? Como alterar hábitos que não conduzem ao sucesso? É forçoso promover uma contínua atualização em contraponto com a tendência para nos “acomodarmos” e, em consequência, contribuirmos nós mesmos para uma certa estagnação da carreira.
A mudança deve assentar na procura da excelência, da competência e da especialização na área em que se trabalha ou se quer vir a trabalhar. Deixam-se sete reflexões:
- Promova um comportamento ético afastando-se de jogos duplos e não tenha receio de utilizar as “palavrinhas milagrosas”: por favor, obrigado, bom dia…!
- Mantenha uma dose acertada de humildade – não faz mal a ninguém e é de graça. É preciso informar o que se pensa e vivemos em democracia. Mas faça-o de forma correcta. Especialmente quando comunica com quem tem um estatuto diferente ou mais experiência profissional, ou já não se é tão jovem…
- Tente fazer aquilo de que gosta: a motivação aumenta quando temos oportunidade de fazer o que apreciamos.
- Seja competente e mantenha-se a par das novidades no âmbito da sua profissão e, se possível, acompanhe as áreas conexas. O que nos torna diferentes aos olhos de um empregador assenta nas competências profissionais e nos pormenores, ou no que podemos dar como “extra”: capacidade de trabalho, criatividade, solidariedade…
- Cultive os relacionamentos profissionais e promova relacionamentos positivos. Este aspecto, além de determinante no bem-estar de cada um, é altamente apreciado em equipa.
- Alcance metas definindo uma estratégia e sendo empreendedor. Tenha iniciativa, visão e foco nos objetivos, não apenas nos alvos que quer cumprir.
- Cuide da imagem exterior – é o que se vê primeiro – e use de bom senso na seleção da indumentária, seja diferente pela positiva. Aqui, como noutros aspetos, a palavra de ordem deve ser: profissionalismo!
Susana de Salazar Casanova