Princípios da comunicação face-a-face

Princípios da comunicação face-a-face

No dia a dia profissional há uma tendência para se prestar mais atenção à comunicação escrita do que à verbal. Escrevem-se mais SMS, colocam-se diversos posts no Facebook, no Twitter e ou em blogs; escrevem-se dezenas de e-mails… Reconhece-se, indiscutivelmente, a importância do que se escreve e, dentro do possível, tenta-se cumprir as normas.

O conceito de formalidade na comunicação foi reduzido nos últimos anos. Isso é visível nas mais variadas relações profissionais: Professor/Aluno, Chefe/Subordinado ou Prestador de Serviço/Cliente. Contudo, e observa-se com certa insatisfação, nem sempre é mais eficaz. Quer nos exemplos acima, quer até mesmo na vida quotidiana, com familiares ou amigos – talvez porque se anda sempre “tão apressado”, a comunicação nem sempre flui da melhor maneira. Em grande parte, isto deve-se ao ambiente carregado que impera à nossa volta.

Assim, justifica-se recordar alguns dos princípios da comunicação face-a-face.

Ao conversar é preciso manter o contacto visual e sorrir porque isso aligeira uma expressão fechada, tão inibidora para quem observa. O contexto, a idade e o estatuto são aspetos fundamentais e é de muito mau tom não os ter em atenção. O tratamento por tu ou o não uso de títulos académicos não deve ser uma imposição do emissor, mas sim da pessoa com quem se fala.

Facilita se se adotar um tom de voz agradável, dominando as emoções – estas são perceptíveis quando se fala (os outros prestam atenção à nossa simpatia e educação). A linguagem deve ser sempre ajustada ao momento. Ao promover-se um vocabulário simples e de fácil interpretação não se corre o risco de ficar a “falar para o ar”. É preciso por de lado as frases feitas, as expressões tidas como vulgares, ou as graçolas de mau gosto.

Ao falar-se com calma, de forma correta e dando a necessária entoação às palavras/frases motiva-se quem escuta. As pausas servem para facilitar a interpretação e dão-nos oportunidade de reformular, com discrição, quando se sente que não se está a ser entendido.

Os gestos devem surgir em coordenação com a mensagem falada mas sem exageros, caso contrário a atenção recaí sobre estes e não naquilo que se está a dizer. Existem mais vantagens do que desvantagens numa postura mais formal do que informal, por exemplo não pondo as mãos nos bolsos, no cabelo ou à frente da boca… Deve, igualmente, evitar-se afastar o olhar do interlocutor porque causa desconfiança, bem como morder o lábio ou franzir o sobrolho denotando preocupação, ou ainda, cruzar os braços numa atitude de reserva.

É necessários fomentar diálogos positivos, ouvir e dar mostras de interesse pelo tema do outro!

Susana de Salazar Casanova

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