Os agradecimentos

O tema do agradecimento ou melhor, da sua falta – por vezes de forma massiva – deixa-me entristecida. Vivemos numa época em que a comunicação ocupa um papel de indiscutível relevo existindo um número vasto de formas e meios ao nosso dispor para o fazer.

Quem, como eu, é sensível a este tema certamente começará de imediato a pensar nas mais diversas situações, das mais simples às mais protocolares, e recordará episódios vividos.

Recordo, em traços gerais, o que entendo que deve ser agradecido. Genericamente, tudo. Desde uma simples compra numa loja (agradecida pelo funcionário), a alguém que nos segurou a porta e cedeu a passagem ou a um presente – em contexto social ou profissional. Num ambiente mais profissional, devemos agradecer uma reunião importante, uma refeição, um contacto difícil de conseguir ou uma mensagem de felicitação por um aniversário ou promoção.

Existem assuntos, que devido à sua natureza mais delicada, exigem um cuidado especial e que não podem ser esquecidos. As mensagens de condolências são um excelente exemplo. Um convite, mesmo que tenha que o declinar, deve ser respondido e agradecido. Afinal, alguém teve o cuidado de pensar em si.

De um infindável leque de assuntos de que poderia falar, gostaria ainda de mencionar as entrevistas de emprego. Parece-me relativamente evidente que um profissional que agradece a entrevista, o tempo e atenção dispensados, marca positivamente a diferença face a outros concorrentes.

Temos um ritmo acelerado da vida mas acredito que a eterna desculpa da falta de tempo nem sempre pode ser usada. A ausência de resposta pode ser associada a uma escassez de atenção para com os outros.

 

Susana de Salazar Casanova